Que trip! Que lugar! Que mergulhos!!
Eu e o Gian saímos do Dive Center às 9:30h da manhã do domingo, dia 01 de novembro com algumas roupas na mochila, uma caixa térmica com cervejas, águas, nosso equipamento de mergulho e mais 13 cilindros. Lindas paisagens, estradas com muitas curvas, buracos e crateras, vilarejos pitorescos e muita pobreza são algumas das coisas que encontramos pelo caminho.
Vista de One Dollar Beach
Uma família viajando à pé vista pelo retrovisor do carro e com a praia ao fundo
Menina tomando banho em um dos vilarejos
Paramos para almoçar em Baucau, a segunda maior cidade do Timor Leste, onde encontramos a Luisa, uma alemã amiga nossa que está morando lá. Depois do almoço ela nos levou até a praia.
Sato, Gian e Luisa em Baucau
Praia de Baucau. Tem coragem de entrar nesse mar??
Seguimos nossa viagem às 16:00hs e chegamos na praia que fica de frente pra ilha de Jaco, já a noite, por volta das 19:30hs. Encontramos outros amigos que estavam lá e nos hospedamos em um dos quartos do alojamento. Pagar US$25,00 por um quarto que só tem uma cama, em um lugar que não tem luz, nem água encanada é foda, mas... é o que temos (só pra esclarecer: o fato de só ter uma cama, não quer dizer que dormimos juntos, eu dormi no chão na primeira noite e ele dormiu na segunda).
O alojamento
Na manhã do dia seguinte, eu, o Gian e a Linda fomos para a vila dos pescadores para fazermos a travessia pra ilha; a ilha fica só a 200 metros de distancia da praia, a travessia demora 5 minutos e custa US$6,00 por cabeça.
Gian e Linda no nosso "transporte"
Travessia para a ilha de Jaco
Na praia da ilha nos equipamos e entramos alí mesmo: 50 metros de visibilidade, tubarões galha-branca de recife, tartarugas, raias, uma lagosta e peixe pra caralho!
Saindo do primeiro mergulho
Chamamos os pescadores de novo, voltamos pra ilha principal para fazermos o intervalo de superfície e trocarmos os cilindros. Para o segundo mergulho, pedimos para os pescadores nos levarem mais ao sul, pois a correnteza estava de sul p/ norte. Mais um mergulho fantástico na correnteza, sem esforço e com bastante vida.
Cardume de "batfishes" no segundo mergulho
Voltamos pro alojamento, almoçamos e passamos a tarde descansando e curtindo o local. O foda foi só tomar banho de caneca, mas ainda bem que pelo menos eu tinha levado um sabonete!
No dia seguinte o pessoal foi todo embora, ficamos só eu e o Gian e fomos pro nosso terceiro mergulho. Dessa vez, pedimos pro pescador nos levar pro outro lado da ilha; como ele teria que ficar por lá até o fim do mergulho, dessa vez ele nos cobrou US$12,00 e que pagamos até com muito gosto.
Depois do terceiro mergulho em Jaco
Afonso, o nosso "marinheiro"
De lá seguimos viagem, fomos para uma cidade chamada Com, onde fizemos o quarto mergulho da nossa trip. Passamos a noite num "guest house", uma casa de família local com quartos para alugar.
Na manhã seguinte, começamos a voltar pra Dili. Paramos mais uma vez em Baucau para reencontrarmos a Luisa. Ela é voluntária no hospital local e o Gian havia prometido doar sangue, pois o banco de sangue estava zerado. Eu queria doar também, mas como ainda iriamos fazer um mergulho no caminho de volta, achei melhor um de nós estar 100%. A Luisa nos mostrou todo o hospital, e a situação é bem triste. O país inteiro só tem dois hospitais para a população local, o de Dili e esse em Baucau.
Olha a cara do holandês doando sangue pela primeira vez na vida...
Menina com desnutrição no hospital de Baucau
Depois do hospital, almoçamos em Baucau mesmo, seguimos viagem e fizemos um último mergulho, dessa vez em One Tree, um ponto de mergulho já dentro da região que operamos, e é o preferido do Gian. Como seria o último mergulho dele no Timor Leste, achei justo deixar ele escolher.
Depois do mergulho, home sweet home!
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Essa viagem foi sensacional, mas acabou sendo especial também pelo aprendizado que tive; pude conhecer melhor o Timor Leste e suas belezas e um pouco da vida das pessoas que vivem nos vilarejos distantes da capital.